A varíola dos macacos é uma doença que vem sendo bastante comentada na sociedade. Com casos disseminados em muitos países, a varíola gera algumas dúvidas. Saiba mais neste artigo, informações e orientações sobre o assunto.
O que é a varíola dos macacos?
Também chamado de varíola símia ou Monkeypox, é uma zoonose viral (doença infecciosa que passa aos seres humanos a partir de animais), causada pelo vírus do gênero Orthopoxvirus da família Poxviridae.
Como surgiu a doença?
Segundo estudos publicados, antes do surto de 2022 a varíola dos macacos foi identificada pela primeira vez em 1958, entre macacos de um laboratório dinamarquês. Os relatos ocorreram por pessoas em vários países da África Central e Ocidental, tendo seu primeiro caso evidenciado em humanos, em uma criança na República Democrática do Congo.
Varíola dos macacos no Brasil
Em meados de 2022, a OMS (Organização Mundial da Saúde), decretou que a varíola dos macacos tornou-se uma emergência sanitária global. Essa decisão foi tomada após uma indefinição, vista por especialistas com a expansão da doença e do potencial risco de contaminação.
Atualmente, foram registrados mais de 600 casos no Brasil e aproximadamente 11 mil em mais de 60 países reconhecidos pela OMS.
Sintomas da doença
Pelos protocolos clínicos, passa a ser considerado um caso suspeito por qualquer pessoa e idade os seguintes sintomas:
- Febre
- Mal-estar
- Dores musculares
- Dores de cabeça
- Fadiga
Além de lesões percebidas na pele que surgem como feridas planas e, com o passar do tempo, formam pequenas bolhas com líquido dentro. Com a visibilidade que a doença tem ganhado, é comum pensar na sua gravidade. Mas, na maioria dos casos os sintomas são manifestados de forma leve, com duração de 2 a 4 semanas.
Como ocorre a transmissão?
Após uma pandemia global, é normal que as pessoas queiram procurar novas informações sobre novos tipos de doenças até então desconhecidas. Porém, é importante dizer que a disseminação da varíola símia tem a escala de contágio menor que a covid-19.
Sua transmissão ocorre quando se tem contato próximo com lesões da pele, secreções respiratórias e objetos usados por uma pessoa infectada. Também pode ocorrer de uma mãe, infectada, passar para o feto através da placenta ou para o bêbê durante ou após o parto.
Essa enfermidade ainda não foi descrita como uma doença sexualmente transmissível, mas pode ser passada durante a relação sexual pela proximidade e o contato íntimo. Por isso, se esteve fora do Brasil ou teve contato com uma pessoa infectada, inicialmente é indicado procurar um médico para realizar um acompanhamento, já que o indivíduo pode estar na fase de incubação.
Tempo de incubação
O chamado período de incubação, é o tempo para o vírus invadir a célula e dessa forma serem percebidos os primeiros sintomas, de aproximadamente 1 a 2 semanas. A partir daí, quando manifestados, o indivíduo torna-se transmissor.
Diagnóstico e tratamentos
Ainda não são conhecidos tratamentos específicos para a doença, já que os sintomas costumam desaparecer espontaneamente do corpo após algumas semanas. Entretanto, em alguns casos o médico pode indicar remédios que auxiliem a duração e alívio dos sintomas.
A confirmação da infecção é feita pela detecção de DNA viral, por teste de amplificação de ácido nucléico (NAAT), usando reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real ou convencional, mesmo método que eram tratados os casos de SARS-CoV-2.
Prevenção e Vacina
Para prevenção da doença, é recomendado que sejam tomados alguns cuidados, como:
- Distanciamento das pessoas que foram diagnosticadas com o vírus;
- Não compartilhar objetos pessoais, como as roupas de banho;
- Manter a boa higiene das mãos.
Além de evitar o contato com animais silvestres ou roedores, o consumo de carnes bem cozidas deve fazer parte da nova rotina, visto que a varíola dos macacos é uma zoonose viral.
Neste momento, ainda não são conhecidas formas de tratamento efetivas para o Monkeypox. O medicamento antiviral que pode ser usado para combate da doença é o tecovirimat, feito para varíola humana, mas que pode ser usado para reduzir os casos da varíola símia.
O Dr. Charlles Hendan, diretor médico do CURA grupo, explica as principais dúvidas sobre o assunto no link.
Compartilhe esse texto com aqueles que precisam conhecer mais sobre a varíola dos macacos e agende agora seu exame.